quarta-feira, 28 de maio de 2025

A Doença da Ausência de Sentido

 



Há fortes evidências de que a mente humana precisa de um propósito para manter a sanidade, especialmente quando falamos de bem-estar psicológico, estabilidade emocional e saúde mental de longo prazo.

1. A estrutura do psiquismo humano exige sentido

O ser humano é um ser simbólico e narrativo. Nossa mente constrói histórias sobre quem somos, por que estamos aqui e para onde vamos. Quando esse fio narrativo — esse propósito — é rompido, instala-se confusão, desorientação e, muitas vezes, sofrimento psíquico.

Viktor Frankl, psiquiatra e sobrevivente do Holocausto, afirma na obra “Em Busca de Sentido: A principal motivação do homem é o esforço por encontrar um sentido para a sua vida.” Ele observou que mesmo em campos de concentração, os que encontravam um "porquê" conseguiam suportar quase qualquer "como".


2. Efeitos da ausência de propósito

Estudos em psicologia clínica e neurociência mostram que a falta de propósito está associada a:

  • Depressão;
  • Ansiedade crônica;
  • Sensação de vazio existencial;
  • Comportamentos autodestrutivos (vícios, autossabotagem, suicídio);
  • Apatia e desmotivação geral.

Pessoas que não conseguem ver sentido em sua existência geralmente apresentam maior risco de desenvolver transtornos mentais.

 No clássico “Em busca de sentido”, Frankl (2006) sustenta que a falta de propósito (vazio existencial) é uma das maiores causas de sofrimento psíquico. O conceito-chave: “Noögenic Neuroses” – neuroses causadas pela perda de sentido.  O autor observa que pacientes que não encontram sentido são mais propensos à depressão, vícios e suicídio.

Ryan et al. (2000) em sua “teoria da autodeterminação”, mostra que o ser humano precisa de autonomia, competência e propósito (relacional ou transcendente) para manter o bem-estar. A ausência desses elementos leva a desmotivação, apatia e sofrimento psicológico.

Boyle et al. (2009), estudou mais de 900 idosos e mostrou que ter senso de propósito está associado a menor risco de Alzheimer, menor declínio cognitivo e menor risco de morte. A ausência de propósito teve correlação com níveis mais altos de cortisol (estresse) e menor conectividade funcional do cérebro.

Steger et al. 2006), fizeram estudos de FERI (Functional Magnetic Resonance Imaging/ Ressonância Magnética Funcional) que mostram que pessoas com senso de propósito ativam o córtex pré-frontal medial, ligado a resiliência emocional e tomada de decisão saudável. A ausência de propósito correlaciona-se com ativação aumentada da amígdala (centro do medo e da reatividade emocional).

Hill et al. (2014), revisaram diversos estudos mostrando que propósito na vida está associado a:

·        Menor risco de morte precoce;

·        Menor incidência de depressão;

·        Níveis mais baixos de inflamação (biomarcadores como IL-6);

·        Maior bem-estar subjetivo.

A afirmação de que a falta de propósito está associada a depressão, ansiedade, vazio existencial, comportamentos autodestrutivos e apatia é amplamente sustentada pela psicologia clínica moderna e pelas descobertas da neurociência. Tanto os mecanismos psicológicos quanto os neurológicos indicam que o senso de propósito é um fator protetor essencial da saúde mental.


3. O propósito como organizador da experiência

Um propósito funciona como:

  • Norte emocional: ajuda a organizar decisões e emoções.
  • Âncora moral e ética: orienta comportamentos e relacionamentos.
  • Fator de resiliência: permite suportar dificuldades, perdas e frustrações.
  • Estímulo cognitivo: melhora foco, disciplina e produtividade.

Damon (2008), em sua obra “Moral development and purpose”, afirma que crianças e jovens com senso de propósito desenvolvem maior consciência moral, altruísmo e comportamentos prosociais. Já Ryan et al. (2000), diz que o propósito está intimamente ligado à autodeterminação baseada em valores intrínsecos e não em pressões externas.

O propósito como fator de resiliência ajuda a suportar perdas, frustrações, traumas e doenças. Boyle et al. (2009), mostraram que indivíduos com um forte propósito de vida vivem com menor risco de declínio cognitivo e morte precoce, e maior resistência a estresse. Schnell (2009) propõe que pessoas com propósito apresentam maior resiliência diante de crises existenciais e sofrimento psicológico.

Por outro lado, o propósito como estímulo cognitivo melhora foco, disciplina, produtividade e planejamento futuro. Duckworth (2016) afirma que o propósito é um dos três componentes da perseverança eficaz. Pessoas com propósito se dedicam mais e mantêm o esforço por mais tempo. Hill et al. (2014) mostraram que indivíduos com propósito demonstram maior atenção, menor procrastinação e melhor funcionamento executivo, enquanto Baumeister (1991) corrobora informando que propósito organiza o comportamento, ajuda a priorizar metas e sustenta o foco em longo prazo.

O senso de propósito é hoje um dos fatores mais estudados na psicologia positiva e neurociência comportamental, com efeitos robustos sobre emoções, moralidade, resiliência e desempenho cognitivo.

 

4. Neurociência do propósito

Pesquisas com ressonância magnética funcional indicam que pessoas com forte senso de propósito ativam áreas cerebrais ligadas à resiliência emocional, tomada de decisão e empatia, como o córtex pré-frontal medial e o sistema límbico.

Mitchell et al. (2005), demonstraram que o córtex pré-frontal medial (mPFC) está altamente envolvido em autorreflexão, julgamento moral e compreensão do self, funções centrais no senso de propósito. Essa noção esta corroborada por Boyle et al. (2009), em estudo longitudinal com idosos revelou que ter um forte senso de propósito ativa regiões cerebrais ligadas ao planejamento e à resiliência emocional, protegendo contra o declínio cognitivo.

Falk et al (2015), fizeram estudos com fMRI  e revelaram que a reflexão sobre valores pessoais e propósito ativa intensamente o mPFC (área associada à avaliação de relevância e motivação interna). Jack et al. (2013), encontraram que pessoas engajadas em pensamentos transcendentais e objetivos significativos ativam redes do mPFC e do sistema límbico, relacionadas à empatia, compaixão e autorregulação. Lieberman (2013) atestou que o córtex pré-frontal medial é parte do "cérebro social", central para processar identidade, propósito e empatia. Em suas pesquisas sobre sentido de vida, Steger (2012) identifica correlação entre propósito pessoal e atividade neural em regiões associadas à motivação e bem-estar, incluindo o mPFC e o córtex cingulado anterior.

Resumo das áreas cerebrais envolvidas:

Área Cerebral

Função associada ao propósito

Autores

Córtex pré-frontal medial (mPFC)

Autorreflexão, empatia, planejamento de longo prazo

Mitchell, Lieberman, Falk

Sistema límbico (amígdala, hipocampo)

Emoções, memória afetiva, motivação

Boyle, Jack

Córtex cingulado anterior (ACC)


Regulação emocional, tomada de decisão moral

Steger, Jack

 5. Distinção entre prazer e propósito

A busca exclusiva por prazer, sem propósito, leva a uma espécie de entorpecimento emocional. O filósofo existencialista Søren Kierkegaard chamou isso de desespero disfarçado. Já pensadores contemporâneos como Jordan Peterson observam que: “Não é a felicidade que sustenta o propósito, mas o propósito que sustenta a felicidade.”

Prazer e Propósito são conceitualmente distintos:

Prazer (Hedonia) lida com sensações imediatas e agradáveis; está baseado em estímulos sensoriais, recompensas, gratificações rápidas. O prazer é transitório, instável, muitas vezes exigindo repetição (reforço); está associado à dopamina.

Propósito (Eudaimonia) está relacionado ao sentido de vida, missão, valores; está relacionado a metas de longo prazo, transcendência e contribuição; propósito é sustentável, resiliente, internalizado; associado a serotonina, oxitocina e equilíbrio do eixo HPA (eixo hipotálamo–pituitária–adrenal)  uma das principais vias neuroendócrinas do corpo humano, responsável por regular respostas ao estresse, emoções e equilíbrio fisiológico).

Esta distinção remonta a Aristóteles, mas foi confirmada empiricamente na psicologia moderna. Kashdan et al. (2008), demonstraram que pessoas que buscam apenas prazer têm menor bem-estar duradouro, enquanto aquelas com alto senso de significado e propósito apresentam maior satisfação de vida, saúde mental e capacidade de lidar com o sofrimento.

Baumeister et al. (2013), em estudo com mais de 400 pessoas mostrou que felicidade baseada em prazer não prediz bem-estar de longo prazo, mas significado e propósito sim. A busca hedonista, sem significado, está ligada a estados de ansiedade, estresse e vazio existencial. Steger et al. (2009), descobriram que viver com propósito aumenta a resiliência emocional e previne sintomas depressivos, ao passo que o prazer por si só não protege contra sofrimento emocional. Frankl (2006), propôs que o ser humano é motivado por sentido (“vontade de sentido”), e não apenas por prazer ou poder. A ausência de sentido leva ao que ele chama de “vazio existencial”, uma forma de desespero disfarçado por atividades hedonistas.

A Neurociência está informando que a recompensa imediata não produz satisfação duradoura. O prazer imediato (dopaminérgico) ativa circuitos de recompensa como o núcleo accumbens (uma pequena estrutura localizada na base do cérebro, parte do chamado estriado ventral, e pertence ao sistema de recompensa cerebral), mas com tolerância rápida e necessidade de reforço constante — o que pode levar à dependência emocional e comportamental. O propósito de vida ativa áreas como o córtex pré-frontal medial, associadas à regulação emocional, empatia, planejamento e bem-estar sustentável. Waytz et al. (2015) mostraram que refletir sobre propósito reduz a ativação da amígdala (ligada ao estresse) e aumenta a ativação do córtex pré-frontal medial.

A busca exclusiva pelo prazer leva a entorpecimento emocional e fragilidade psíquica. O propósito de vida sustenta a felicidade verdadeira, e não o contrário. Pessoas com propósito são mais resilientes, saudáveis, equilibradas e felizes.

 

 🧩 Quadro Comparativo: Prazer vs. Propósito – Fundamento Científico e Implicações Psicológicas:

Dimensão

Prazer (Hedonia)

Propósito (Eudaimonia)

Referências Científicas

Definição

Busca de sensações agradáveis, recompensas imediatas

Percepção de sentido e direção na vida, ligada a valores e metas

Frankl (2006); Ryan & Deci (2000)

Base neuroquímica

Dopamina (recompensa rápida e curta)

Serotonina, oxitocina (bem-estar duradouro, vínculos)

Lieberman (2013); Waytz et al. (2015)

Regiões cerebrais

Núcleo accumbens, sistema de recompensa mesolímbico

Córtex pré-frontal medial, sistema límbico regulador

Mitchell et al. (2005); Falk et al. (2015)

Sustentabilidade

Transitório, exige reforço constante

Estável, promove resiliência a longo prazo

Baumeister et al. (2013); Kashdan et al. (2008)

Bem-estar psicológico

Pode aliviar momentaneamente, mas está associado a vazio e ansiedade

Reduz sintomas depressivos, aumenta satisfação e motivação

Steger et al. (2009); Hill & Turiano (2014)

Motivação e desempenho

Foco em curto prazo, impulsividade

Direcionamento de esforços com disciplina e foco

Duckworth (2016); Baumeister (1991)

Relações interpessoais

Busca de gratificação pessoal

Estimula empatia, compaixão e vínculos duradouros

Damon (2008); Jack et al. (2013)

Risco de transtornos

Maior risco de vícios, apatia, vazio existencial

Fator protetor contra depressão, suicídio, estresse

Frankl (2006); Schnell (2009); Boyle et al. (2009)

Impacto moral e ético

Tende ao individualismo e à autossatisfação

Conecta a vida a princípios superiores e ao serviço ao próximo

Damon (2008); Ryan & Deci (2000)

Frase-síntese

“Quero sentir bem agora.”

“Quero viver por algo que vale a pena.”

Jordan Peterson; Viktor Frankl

 

6. Finalidade espiritual e transcendência

Na tradição cristã e em várias correntes filosóficas e religiosas, o propósito está intimamente ligado à ideia de vocação, chamado, missão e serviço ao outro — não algo apenas subjetivo, mas conectado a um bem maior. “Onde não há visão, o povo perece.” (Provérbios 29:18).

Finalidade Espiritual e Transcendência: Propósito como Vocação e Missão:

Autores cristãos e teológicos discutem o propósito versus o prazer. Santo Agostinho de Hipona (354–430) diz: “Fizeste-nos para ti, e inquieto está o nosso coração enquanto não repousa em ti.” (Confissões, Livro I, Cap. 1). Para Agostinho, o propósito humano está em responder ao chamado divino e viver em comunhão com Deus.

Martinho Lutero (1483–1546), afirma que “[A vocação] é o lugar onde o cristão serve a Deus servindo ao próximo.” Lutero ampliou o conceito de chamado (Beruf) a toda atividade legítima, enfatizando que o propósito é servir a Deus no mundo, por meio do serviço ao outro.

Ellen G. White (1827–1915) informa que “A verdadeira educação é o preparo do ser humano para servir a Deus e aos semelhantes.” (Educação, p. 13). “O propósito da vida deve ser o de viver para servir.” (A Ciência do Bom Viver, p. 362).

Autores filosóficos e psicológicos, tais como Viktor Frankl (1905–1997) – Psiquiatra austríaco mostram que “A vida não é insuportável por causa das circunstâncias, mas pela falta de sentido”. “O ser humano se realiza na medida em que se esquece de si mesmo para se dedicar a uma causa ou a outra pessoa.” Frankl defendia que o propósito é sempre voltado para fora do eu, e está relacionado com valores, missão e transcendência.

Por outra parte, Alasdair MacIntyre (1929–)  filósofo moral afirma que o “Ser humano é, essencialmente, ser responsável por narrativas, por papéis em histórias maiores que si mesmo.” Para MacIntyre (1981), o propósito humano é construído dentro de tradições morais e coletivas, e não é autodefinido.

Charles Taylor (1931–)  filósofo canadense conclui que “As pessoas modernas buscam autenticidade, mas sem relação com o bem maior. Isso cria um vazio moral”. Taylor (1997) mostra que a perda da transcendência levou ao colapso do propósito pessoal como vocação.

Há, porém, instruções bíblicas poderosas sobre o propósito divino à humanidade. “Somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas.” (Efésios 2:10). “Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus.” (Mateus 5:16).

Há um propósito vinculado ao serviço: “Cada um exerça o dom que recebeu para servir aos outros, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus.” (1 Pedro 4:10). “A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros.” (Romanos 13:8). A lógica do serviço está em que a vida não pertence a si mesma “Já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim...” (Gálatas 2:20). “Porque dele, por ele e para ele são todas as coisas.” (Romanos 11:36).

Conclusão

Se o propósito é mais importante que o prazer (como indicam a Bíblia, a psicologia e a neurociência), então a educação infantil — especialmente no âmbito familiar — precisa urgentemente mudar seu foco. Em termos simples, a missão dos pais não é “fazer o filho feliz agora”, mas ensinar a criança a viver por algo maior que ela mesma — e assim experimentar a verdadeira felicidade como consequência do propósito, não como objetivo imediato.

A missão dos pais é guiar os filhos a descobrir seu papel no todo. A criança precisa ser formada com perguntas como: Qual é a sua contribuição no mundo? Como seus dons podem ajudar alguém? O que Deus espera de você? Você está aqui para construir, ou só consumir? Essa educação constrói: Identidade sólida (quem sou eu); motivação interna (por que eu existo); maturidade espiritual e moral (qual meu lugar na criação).

Há preocupações práticas que a família deve assumir: Reduzir o excesso de estímulos prazerosos sem propósito; evitar excesso de telas, brinquedos vazios, consumo desmedido; promover experiências que envolvam sentido, paciência e serviço (hortas, projetos com idosos, missões infantis, cuidado de animais etc.). Também devem as famílias estabelecer rituais de sentido: Culto familiar diário com histórias de missão, vocação e valores; conversas semanais sobre o que cada um aprendeu, superou ou compartilhou; incentivo à oração vocacional desde cedo: "Senhor, me ajuda a descobrir meu propósito!" Além disso, é dever familiar ensinar a sofrer com dignidade e esperança. Isso inclui: Não evitar todas as frustrações da criança; ensinar a transformar dificuldades em oportunidades de crescimento; mostrar que o valor da vida não está no conforto, mas na fidelidade ao propósito.

A base bíblica e espiritual é necessariamente imperativa. “Porque somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras...” (Efésios 2:10). “Cada um exerça o dom que recebeu para servir aos outros...” (1 Pedro 4:10). A missão dos pais é ajudar os filhos a descobrir essas “boas obras” — ou seja, a sua vocação. Isso exige intencionalidade, oração, e renúncia ao imediatismo educacional.

A maior preocupação da família na educação infantil não deve ser fazer o filho feliz, mas torná-lo forte, consciente, servicial e orientado por propósito. O prazer deve ser tratado como consequência da fidelidade ao propósito — e não como fim da existência.

A mente humana não apenas precisa de comida, sono e estímulos sensoriais, mas de significado. A ausência de propósito não apenas enfraquece a motivação, mas compromete a própria integridade da psique. Portanto, sim, o propósito é um pilar essencial da sanidade.

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