segunda-feira, 16 de maio de 2022

O encontro dos quartetos com o Santo Espírito

 

No capítulo 13, verso 13 da segunda epístola de Paulo aos coríntios, está descrita a função de cada pessoa da trindade: A graça é do Senhor Jesus Cristo, o amor é de Deus o Pai, e a comunhão é do Espírito Santo. Se fossemos explicar cada parte se diria que Jesus é o que revela conhecimento celeste; tal conhecimento vem do Pai das luzes que é todo amor, mas, cabe ao Santo Espírito a aplicação de ambos.

A igreja cristã é o portal que levanta a cortina entre o visível e o invisível. Há sempre nas reuniões, quando os filhos de Deus estão presentes diante do Céu, instruções sobre a verdade celeste que é um conjunto de normas referentes ao amor que emana do Pai. Jeová, o Deus misericordioso, sempre está ensinando através da palavra santa, utilizando seus instrumentos humanos como irradiadores do amor celeste. O Santo Espírito torna possível que a semente do amor fertilizada por Deus nasça nos corações daqueles que estão dispostos a aceitar Jesus como o modelo. Sempre ocorrem circunstâncias que mostram a ação do Espírito Santo no meio da congregação.

No sábado 14 de abril de 2022, a igreja Adventista da Cachoeirinha, em Manaus, Amazonas, programou um encontro com quatro quartetos vocais masculinos. Esse tipo de performance da voz humana é a mais difícil e também a mais bonita harmonia musical masculina. Geralmente, quartetos vocais são também substratos para o orgulho humano e, naquela tarde, o ambiente favorecia comparações, análises performáticas, e até preferências por um ou outro quarteto, a depender do preparo vocal e da visibilidade que cada grupo vocal permitiria sobre o trabalho artístico de cada um.

A reunião começou com a leitura de textos dos Salmos sobre como Deus aprecia o louvor humano pela música, fato que construiu um pano de fundo muito apropriado para o que deveria ser a reunião. Não se desejava apenas demonstrações de dotes artísticos, mas, sobretudo que os quartetos apresentassem uma agradável tarde de sincero louvor.

A primeira apresentação ocorreu com uma atmosfera de grande performance, uma vez que as vozes eram experientes no canto vocal e, em alguns casos, com muito aprimoramento vocal. Encantou aos ouvintes. Logo se estabeleceu uma expectativa que exigia a comparação com o que viria.

O segundo quarteto também se apresentou com muita capacidade e não foi insuficiente em relação ao primeiro. Entretanto, enquanto o primeiro quarteto trouxe um repertório mais conservador, contudo envolveu a todos pelo poder das vozes, o segundo performou músicas com arranjos carregados com o conceito de música gospel americana, onde as vozes fazem apresentações individuais muito típicas, dando margem para individualismos. Porém, a harmonia estava bem e todos apreciaram também.

O terceiro quarteto apresentou- se como o mais longevo em Manaus. Eram vozes muito experientes, mas, com um tipo de resultante harmônica bem menos sofisticada que os anteriores. Apresentaram músicas muito conhecidas e com arranjos simples; apesar disso, os quartetos que já haviam se apresentado foram enternecidos a cantar também, começando uma atmosfera de unidade na diversidade. Aquele terceiro quarteto, de irmãos veteranos, não trazia virtuosismo, apenas a sinceridade de um grupo que amava o louvor vocal e sua alegria por louvar na igreja envolveu todos os presentes.

Então, o último grupo foi chamado. Apresentaram-se apenas três elementos. O líder informou que um deles não comparecera por motivo de saúde. No entanto, não deixariam de contribuir naquele encontro. Estavam apenas os tenores e o barítono, o baixo não viera. Quando o líder do quarteto anunciou a primeira música, o Espírito Santo exteriorizou sua presença. Os baixos dos demais quartetos escalaram o baixo do primeiro para ajudar na execução da música que seria cantada a três vozes. É bom lembrar que o comportamento do homem no ambiente de pecado é não ajudar a quem necessita, e isso ficou logo evidente, mas, o Santo Espírito estava presente e promoveu unidade. Houve num primeiro momento um pouco de relutância, porém, o baixo do primeiro quarteto se levantou para ajudar e agora o quarteto à frente, que viera inclusive de uma congregação que não se sobressaía, estava completo. A presença daquele cantor voluntário conferiu brilho à apresentação do hino, sendo que o louvor foi bem executado. Havia muita diferença entre o aprimoramento vocal do baixo e os demais cantores, mas, o Céu providenciou a harmonia. Para a segunda música, a atmosfera celeste trazida ao encontro pelo Santo Espírito, já estava estabelecida, assim, o baixo do segundo quarteto se voluntariou para ajudar. Esse cantor é dono de uma voz privilegiada e sua participação trouxe muita alegria àquela apresentação, sendo que o louvor foi muito tocante. Para a terceira música, o terceiro baixo veio para ajudar, mas, agora o Santo Espírito já havia dominado totalmente o ambiente e todos, ouvinte e cantores, estavam cheios com o desejo da comunhão.

O encontro de quartetos foi encerrado com os quartetos (isso não estava programado) juntando-se para cantarem o hino final: Oh, que esperança!

Aquela apresentação foi o corolário do ensinamento que o Santo Espírito trouxe à igreja naquela tarde. O louvor foi entoado com entusiasmo ímpar. Havia ali prazer em cada coração, pois o Espírito despertou em todos o amor, e ali nos fez viver em união, animosos no serviço do Senhor.

Inegavelmente, O SANTO ESPÍRITO, esteve na igreja naquele encontro. Notou-se que Deus comanda a sua igreja e faz acontecer conforme o seu propósito, retirando a possibilidade da egolatria. Por tais bençãos rendemos nosso louvor; e assim reavivados vamos todos ser, por Seu poder e amor.