quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

Exemplo perfeito para as crianças, os jovens e os adultos

 

“O homem caiu. A imagem de Deus nele se acha deformada. Por causa da desobediência ele se tornou depravado em suas inclinações e debilitado em suas faculdades, aparentemente incapaz de esperar qualquer outra coisa além de tribulação e castigo” (Ellen White, Refletindo a Cristo, 23 de janeiro, p.29) .

A queda do homem significou a rebaixada do nível moral no qual fora criado e colocado por Deus. Havai simetria nas três dimensões humanas: corpo, alma e espírito. Depois da queda veio a depravação; perversão ou corrupção, o efeito de estragar, alterar para pior. A queda alterou para pior as inclinações, os desejos humanos que eram sempre em direção ao que é justo; agora estão estragados. Não há mais inclinação para fatos de justiça, apenas para injustiças ou iniquidades. As faculdades espirituais todas foram alteradas; as capacidades naturais ou adquiridas para realizar alguma coisa. Assim, a sensação, o pensamento, a imaginação, a memória e a vontade, responsáveis por vários fenômenos, como percepção, experiência de dor, crença, desejo, intenção e emoção, estes últimos ligados à alma humana, todas as faculdades que estão relacionadas com as funções superiores do cérebro humano e que possibilitam sua cognição e comportamento, estas faculdades foram alteradas para pior com a queda.

 Mas Deus, por intermédio de Cristo, planejou um escape, e diz a todos: “Portanto, sede vós perfeitos” (Mateus 5:48). Em outras palavras, não era o plano de Deus deixar a humanidade pós-queda nesse estado degradado ou depravado.  O propósito divino é que o homem seja correto e digno diante dEle, e assim, por meio de Jesus Cristo, o Seu plano não será frustrado. “Ele enviou o Seu Filho a este mundo a fim de pagar a penalidade do pecado, e mostrar ao homem como viver uma vida sem pecado” (Ellen White, idem). Chamamos a atenção para que ao homem foi dada oportunidade para deixar a depravação e retornar ao status quo em que estava no Éden. A ideia de homem permanentemente pecador não é bíblica.

“Cristo é o nosso ideal. Ele deixou um exemplo perfeito para as crianças, os jovens e os adultos. Ele veio à Terra e passou pelas diferentes fases da experiência humana. Em Sua vida o pecado não encontrou lugar. Do início ao fim de Sua vida terrena, Ele manteve pura Sua lealdade a Deus. As Escrituras dizem dEle: Crescia o menino e Se fortalecia, enchendo-Se de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre Ele (Lucas 2:40). Ele crescia “em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens” ( Lucas 2:52). (Ellen White, idem).

“O Salvador não viveu para a satisfação de Si mesmo. [...] Não possuía lar neste mundo, exceto quando a bondade de Seus amigos lhe providenciava um; no entanto, era divinal estar em Sua presença. Dia a dia Ele enfrentava as provações e tentações, mas não fracassou nem ficou desanimado. Era sempre paciente e bem-disposto, e os angustiados O aclamavam como um mensageiro de vida, paz e saúde. Nada havia em Sua vida que não fosse puro e nobre” (Ellen White, idem). O que é importante na citação acima? Jesus é o homem que viveu sem dar oportunidade ao pecado. No seu dia a dia estava exposto às mesmas tentações ou sugestões satânicas como qualquer ser humano. Mantinha suas inclinações e suas faculdades conforme o padrão que fora dado a Adão. O padrão é a lei de Deus. Ali há nossos deveres para com a divindade e também nossos deveres para com os semelhantes. Jesus era 100% homem. Não havia nenhuma diferença nele que o separasse do conjunto dos humanos. E nem poderia haver, sob pena de não nos representar.  Por essa razão, somos instados a imitá-lo.

A promessa de Deus é: “E sereis santos, porque Eu sou santo” (Levítico 11:44). A santidade é o estado contrário ao pecado; a santidade é o reflexo da glória de Deus. O reflexo do caráter de Deus. Mas para refletirmos esta glória, precisamos cooperar com Deus. A cooperação é possível quando o coração e a mente se esvaziam de tudo que conduz ao erro. O erro é chamado na Bíblia de mundanismo; conformidade com o pensamento ou o comportamento da sociedade humana depravada em sua essência. O combate ao erro somente é possível pela suplantação do raciocínio mundano. É necessária a substituição dos pressupostos da razão pura, da tradição civilizatória humana por outras pressuposições que somente são encontrados na Palavra de Deus. Esta precisa ser lida e estudada com um sincero desejo de obter dela força espiritual.

A força espiritual significa que novas ideias ultrapassarão as antigas. A Bíblia é o Pão do Céu; as ideias celestes alimentarão a nova mente e formarão a nova alma. Os que recebem o Pão do Céu e o tornam uma parte de sua vida, se fortalecem em Deus e não no mundanismo ou tradições humanas que formam o senso coletivo. Nossa santificação, ou nossa conformidade com o caráter de Deus, é o objetivo de Deus em toda a Sua conduta conosco. Ele nos escolheu desde a eternidade, para sermos santos. Cristo declara: “Pois esta é a vontade de Deus: a vossa santificação” (1 Tessalonicenses 4:3). Em decorrência do que até aqui vimos, será necessário que queiramos que os nossos desejos e inclinações sejam mantidos segundo a vontade divina. Sem nossa aquiescência, nada da parte de Deus será realizado. Nestas circunstâncias permaneceremos na depravação. Por esta razão, é necessário um novo nascimento que se inicia com o batismo por imersão.

Ninguém sai do estado depravado sem pagar a multa prevista na lei de Deus, qual seja, sem derramamento de sangue não há remissão de pecado, portanto, a própria vida deve ser o pagamento (batismo). Era essa necessidade que os sacrifícios diários no santuário enfatizavam. O cordeiro morto diariamente simbolizava Cristo que faria o pagamento por toda humanidade. Foi a morte de Cristo (nós a experimentamos no batismo; morremos e ressuscitamos) que possibilitou nossa remissão. Um remido tem a sua dívida anulada, mas, o prejuízo é sempre debitado a alguém. Assim, somos eternamente devedores a Cristo.

Devido ao sacrifício de Cristo, podemos almejar ser santos. O caráter de satanás será substituído pelo caráter de Deus. “O viver a vida do Salvador, o superar cada desejo egoísta, cumprindo corajosa e alegremente nosso dever para com Deus e para com aqueles que nos cercam, nos torna mais do que vencedores. Isso nos prepara para permanecer em pé diante do grande trono branco, livres de qualquer mácula ou ruga, após termos lavado nossas vestes no sangue do Cordeiro” ( Signs of the Times, 30 de Março de 1904).

Deve ficar entendido que nosso dever para com Deus está contido nos cinco primeiros comandos da lei dos dez mandamentos, assim como nosso dever para com os que nos cercam são os outros cinco comandos. Por causa do sacrifício de cristo, posso reivindicar que me seja permitido obedecer a Deus e não ao mundo. Tal situação chama-se liberdade.

Um comentário:

Anônimo disse...

Amém, que maravilhoso desejo do Altíssimo fazer essa pacto de concerto para restaurar aquilo que se havia perdido, com o pecado. Obrigado pelo belo artigo.