No capítulo 13, verso 13 da
segunda epístola de Paulo aos coríntios, está descrita a função de cada pessoa
da trindade: A graça é do Senhor Jesus Cristo, o amor é de Deus o
Pai, e a comunhão é do Espírito Santo. Se fossemos explicar cada parte se
diria que Jesus é o que revela conhecimento celeste; tal conhecimento vem do
Pai das luzes que é todo amor, mas, cabe ao Santo Espírito a aplicação de
ambos.
A igreja cristã é o portal que
levanta a cortina entre o visível e o invisível. Há sempre nas reuniões, quando
os filhos de Deus estão presentes diante do Céu, instruções sobre a verdade
celeste que é um conjunto de normas referentes ao amor que emana do Pai. Jeová,
o Deus misericordioso, sempre está ensinando através da palavra santa,
utilizando seus instrumentos humanos como irradiadores do amor celeste. O Santo
Espírito torna possível que a semente do amor fertilizada por Deus nasça nos
corações daqueles que estão dispostos a aceitar Jesus como o modelo. Sempre
ocorrem circunstâncias que mostram a ação do Espírito Santo no meio da
congregação.
No sábado 14 de abril de 2022, a
igreja Adventista da Cachoeirinha, em Manaus, Amazonas, programou um encontro com
quatro quartetos vocais masculinos. Esse tipo de performance da voz humana é a
mais difícil e também a mais bonita harmonia musical masculina. Geralmente, quartetos
vocais são também substratos para o orgulho humano e, naquela tarde, o ambiente
favorecia comparações, análises performáticas, e até preferências por um ou outro
quarteto, a depender do preparo vocal e da visibilidade que cada grupo vocal
permitiria sobre o trabalho artístico de cada um.
A reunião começou com a leitura
de textos dos Salmos sobre como Deus aprecia o louvor humano pela música, fato
que construiu um pano de fundo muito apropriado para o que deveria ser a
reunião. Não se desejava apenas demonstrações de dotes artísticos, mas, sobretudo
que os quartetos apresentassem uma agradável tarde de sincero louvor.
A primeira apresentação ocorreu
com uma atmosfera de grande performance, uma vez que as vozes eram experientes
no canto vocal e, em alguns casos, com muito aprimoramento vocal. Encantou aos
ouvintes. Logo se estabeleceu uma expectativa que exigia a comparação com o que
viria.
O segundo quarteto também se
apresentou com muita capacidade e não foi insuficiente em relação ao primeiro.
Entretanto, enquanto o primeiro quarteto trouxe um repertório mais conservador,
contudo envolveu a todos pelo poder das vozes, o segundo performou músicas com
arranjos carregados com o conceito de música gospel americana, onde as vozes
fazem apresentações individuais muito típicas, dando margem para
individualismos. Porém, a harmonia estava bem e todos apreciaram também.
O terceiro quarteto apresentou-
se como o mais longevo em Manaus. Eram vozes muito experientes, mas, com um
tipo de resultante harmônica bem menos sofisticada que os anteriores.
Apresentaram músicas muito conhecidas e com arranjos simples; apesar disso, os
quartetos que já haviam se apresentado foram enternecidos a cantar também,
começando uma atmosfera de unidade na diversidade. Aquele terceiro quarteto, de
irmãos veteranos, não trazia virtuosismo, apenas a sinceridade de um
grupo que amava o louvor vocal e sua alegria por louvar na igreja envolveu
todos os presentes.
Então, o último grupo foi
chamado. Apresentaram-se apenas três elementos. O líder informou que um deles
não comparecera por motivo de saúde. No entanto, não deixariam de contribuir
naquele encontro. Estavam apenas os tenores e o barítono, o baixo não viera.
Quando o líder do quarteto anunciou a primeira música, o Espírito Santo exteriorizou
sua presença. Os baixos dos demais quartetos escalaram o baixo do primeiro para
ajudar na execução da música que seria cantada a três vozes. É bom lembrar que
o comportamento do homem no ambiente de pecado é não ajudar a quem necessita, e
isso ficou logo evidente, mas, o Santo Espírito estava presente e promoveu
unidade. Houve num primeiro momento um pouco de relutância, porém, o baixo do
primeiro quarteto se levantou para ajudar e agora o quarteto à frente, que viera
inclusive de uma congregação que não se sobressaía, estava completo. A presença
daquele cantor voluntário conferiu brilho à apresentação do hino, sendo que o
louvor foi bem executado. Havia muita diferença entre o aprimoramento vocal do
baixo e os demais cantores, mas, o Céu providenciou a harmonia. Para a segunda
música, a atmosfera celeste trazida ao encontro pelo Santo Espírito, já estava
estabelecida, assim, o baixo do segundo quarteto se voluntariou para ajudar.
Esse cantor é dono de uma voz privilegiada e sua participação trouxe muita
alegria àquela apresentação, sendo que o louvor foi muito tocante. Para a
terceira música, o terceiro baixo veio para ajudar, mas, agora o Santo Espírito
já havia dominado totalmente o ambiente e todos, ouvinte e cantores, estavam
cheios com o desejo da comunhão.
O encontro de quartetos foi
encerrado com os quartetos (isso não estava programado) juntando-se para
cantarem o hino final: Oh, que esperança!
Aquela apresentação foi o corolário
do ensinamento que o Santo Espírito trouxe à igreja naquela tarde. O louvor foi
entoado com entusiasmo ímpar. Havia ali prazer em cada coração, pois o Espírito
despertou em todos o amor, e ali nos fez viver em união, animosos no serviço do
Senhor.
Inegavelmente, O SANTO ESPÍRITO,
esteve na igreja naquele encontro. Notou-se que Deus comanda a sua igreja e faz
acontecer conforme o seu propósito, retirando a possibilidade da egolatria. Por
tais bençãos rendemos nosso louvor; e assim reavivados vamos todos ser, por Seu
poder e amor.
4 comentários:
Agora entendi porque é tão irrelevante seu texto , vc não tem formação alguma de música .
Amém 🙏
Não pude comparecer para prestigiar essa programação. Mas ao ler esse belo texto, conseguir viajar nas palavras e sentir uma emoção grandiosa como estevesse lá.... Obrigado Dr. Cláudio Ruy... ninguém melhor que o senhor como maestro para demonstrar a presença dos céus nessa programação.
Grande abraço.
At.te
Adriano Cunha
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