MÚSICA PARA APRENDER A LEI
A música na igreja cristã
pós-reforma sofreu inovação conceitual, deixando de ser mero adorno ao culto,
transformou-se em ferramenta de adoração e de educação. Neste contexto, tanto o
texto musical como o poético deveriam explicar assuntos teológicos que deveriam
ser compreendidos e guardados nas mentes de forma a servir de alicerce para o
comportamento dos cristãos. Sendo que a música pode exercer influência marcante
nos ouvintes e efetivamente influencia comportamentos, foi empregada amplamente
no período pós-reforma, sendo que a polifonia sobrepujou à monofonia com o
propósito de aumentar o alcance educativo da música. Mas, é muito importante a
compreensão de que a polifonia é mais adequada à Lei (Torá) do que qualquer outro
tipo de desempenho musical.
Por orientação através de Moisés,
os israelitas foram ensinados acerca dos mandamentos colocando as palavras da
Lei em músicas, conforme está assentado na Bíblia: “E as intimarás [as
palavras] a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo
caminho, e deitando-te, e levantando-te.” Deuteronômio 6:7. Se era essencial
que Moisés incorporasse os mandamentos nos cânticos, de modo que, enquanto
caminhassem pelo deserto, os filhos aprendessem a cantar a lei verso por verso,
quão essencial é, no tempo atual, ensinar a nossos filhos a palavra de Deus,
tirando proveito da música como ferramenta didática.
A escritora Ellen White explica
as funções da música no ambiente cristão: “[...] é um dos meios mais eficazes para
impressionar o coração com as verdades espirituais. Quantas vezes, ao coração
duramente oprimido e pronto a desesperar, vêm à memória algumas das palavras de
Deus — as de um estribilho, há muito esquecido, de um hino da infância — e as
tentações perdem o seu poder, a vida assume novo sentido e propósito, e o ânimo
e a alegria se comunicam a outras pessoas! Como parte do culto, o canto é um
ato de adoração tanto como a oração. Efetivamente, muitos hinos são orações.” (Educação,
p.166-167). Falando ainda da vida de Cristo Jesus a escritora menciona que
“[...] O alvorecer encontrava-O [Jesus]
muitas vezes em algum lugar retirado, meditando, examinando as Escrituras, ou
em oração. Com cânticos saudava a luz da manhã. Com hinos de gratidão alegrava
Suas horas de atividade, e levava a alegria celestial ao cansado e ao abatido”
( Ciência do Bom Viver, p.52). A música cantada é empregada para gravar
verdades no coração. Frequentemente, pelas palavras de um canto sagrado, são
liberadas as fontes do arrependimento e da fé
(Evangelismo, p.500).
Nas cortes celestiais a música é
parte da adoração e, por esse motivo, é nosso dever o devido treino da voz – um
aspecto importante da educação – de modo a ser cabalmente utilizada no culto
religioso. Muitos são os cantores entre cristãos, mas, poucos são os que
aprimoram ou educam a voz para alcançar máxima eficácia no louvor genuíno. Deus
concedeu à sua igreja dons sendo um deles a música, e Sua expectativa é de que
este particular dom seja multiplicado de modo que possibilite o uso correto da
fala e do canto. Há muita emoção e música na voz humana, e se o adorador fizer
esforços determinados, adquirirá hábitos de falar e cantar que lhe serão um
diferencial no ganhar pessoas para Cristo.
No culto cristão deve haver solenidade e reverência, pois a presença do próprio Deus é necessária e sentida. Tal solenidade é parte da guarda da primeira parte da Lei, o amor a Deus. A melodia do canto, derramada do coração em tons claros e suaves representa um instrumento divino para a salvação de pessoas e, considerando que a multiplicação do talento do canto atinge o coração dos ouvintes, o cantor também representa a guarda da segunda parte da Lei, o amor ao próximo.
No culto cristão deve haver solenidade e reverência, pois a presença do próprio Deus é necessária e sentida. Tal solenidade é parte da guarda da primeira parte da Lei, o amor a Deus. A melodia do canto, derramada do coração em tons claros e suaves representa um instrumento divino para a salvação de pessoas e, considerando que a multiplicação do talento do canto atinge o coração dos ouvintes, o cantor também representa a guarda da segunda parte da Lei, o amor ao próximo.
O ambiente cristão deve respirar
a Lei e, neste contexto, não há lugar para apresentações musicais que desonrem
a Lei. O canto congregacional é sempre mais adequado do que apresentações
individuais. No entanto, há muita incompreensão do papel da música e
especialmente do canto na dinâmica eclesiástica. Muitos dos que participam dos
cultos como cantores utilizam o talento do canto como efeito de preeminência ou
oportunidade para granjear recursos financeiros, o que os torna negligentes em
relação à Lei. Por outro lado a solenidade exigida na adoração é preterida por
apresentações musicais inadequadas onde há predominância do ego somente.
A música cristã atual deveria ser
de melhor qualidade observando o conceito do louvor de acordo com o contexto bíblico. Há grande esforço por parte de alguns em buscar semelhanças
musicais com os ritmos e melodias que estão sendo executadas nas mídias
comerciais, achando que tal atitude está coerente com o estágio de
desenvolvimento social experimentado pela igreja. Todavia, a introdução de
instrumentos de percussão ou maneirismo de executar instrumentos musicais
semelhantes aos utilizados nos meios seculares não enriquecem a adoração, pois
não contribuem para melhorar a guarda dos mandamentos. No livro Mensagens
Escolhidas volume 2 (p.36) a escritora Ellen White diz: “O Senhor revelou-me
que haveria de ocorrer imediatamente antes da terminação da graça.
Demonstrar-se-á tudo quanto é estranho. Haverá gritos com tambores, música e
dança. Os sentidos dos seres racionais ficarão tão confundidos que não se
poderá confiar neles quanto a decisões retas. E isso será chamado de operação
do Espírito Santo. O Espírito Santo nunca Se revela por tais métodos.”
É importante dar a conhecer que a percussão
não é a preferência divina, e sim as trombetas. Em Números 10:8-10 lemos: “ E os
filhos de Arão, sacerdotes, tocarão as trombetas; e a vós serão por estatuto
perpétuo nas vossas gerações. E, quando
na vossa terra sairdes a pelejar contra o inimigo, que vos oprime, também
tocareis as trombetas retinindo, e perante o SENHOR vosso Deus haverá lembrança
de vós, e sereis salvos de vossos inimigos. Semelhantemente, no dia da vossa
alegria e nas vossas solenidades, e nos princípios de vossos meses, também
tocareis as trombetas sobre os vossos holocaustos, sobre os vossos sacrifícios
pacíficos, e vos serão por memorial perante vosso Deus: Eu sou o SENHOR vosso
Deus.” Sempre que Deus anuncia eventos não há utilização de tambores mas o
sonido de trombetas, conforme vemos em Levíticos 23:24 “Fala aos filhos de
Israel, dizendo: No mês sétimo, ao primeiro do mês, tereis descanso, memorial
com sonido de trombetas, santa convocação.” Em Salmos 98:6 a Bíblia ratifica a
preferência de Deus por trombetas: “Com trombetas e som de cornetas, exultai perante
a face do SENHOR, do Rei.” Em nenhum momento nos textos bíblicos há rufar de
tambores para quaisquer das festas sagradas ou para anunciar eventos. Até mesmo
no maior dos eventos futuros, a volta de Jesus, está anunciado o uso de
trombetas, conforme lemos em I Tessalonicenses 4:16 “Porque o mesmo Senhor
descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e
os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro.”
É coerente definir as trombetas como sendo os instrumentos de comando de Deus e não tambores, estes não deveriam ser cogitados para o louvor solene na casa de Deus. E por que não se deveriam usar tambores como instrumentos de louvor nos cultos? Simplesmente porque é o instrumento utilizado na adoração pagã. O uso de tambores quer significar sincretismo o qual é recusado por Deus (II Reis 21:6; 23:24; Isaías 8:19), se é assim, por que os músicos e até mesmo a liderança religiosa insiste no uso de instrumentos inadequados? Em Oséias 4:6 lemos “O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; e, visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos.” O que se espera é que os cristãos, em consequência da história, não sejam imaturos e repitam os mesmos erros dos antepassados.
É coerente definir as trombetas como sendo os instrumentos de comando de Deus e não tambores, estes não deveriam ser cogitados para o louvor solene na casa de Deus. E por que não se deveriam usar tambores como instrumentos de louvor nos cultos? Simplesmente porque é o instrumento utilizado na adoração pagã. O uso de tambores quer significar sincretismo o qual é recusado por Deus (II Reis 21:6; 23:24; Isaías 8:19), se é assim, por que os músicos e até mesmo a liderança religiosa insiste no uso de instrumentos inadequados? Em Oséias 4:6 lemos “O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; e, visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos.” O que se espera é que os cristãos, em consequência da história, não sejam imaturos e repitam os mesmos erros dos antepassados.