terça-feira, 12 de dezembro de 2023

Educando adultos e crianças para o céu

 

Nosso planeta está patrocinando um sistema social injusto. Governos injustos. Sistemas religiosos que lutam pelas mentes das pessoas e, portanto, usam persuasões injustas. Escolas ensinando ideologias injustas, educando jovens para superarem outros jovens. Lares que educam para a competição. A pergunta que vem à mente é como quebrar este paradigma injusto ou a visão de mundo onde a competição é o objetivo.

A Bíblia traz uma visão de mundo muito adversa à competição. Apresenta três pilares para vencer a competição: Bondade, justiça e verdade.

A igreja cristã, de acordo com a verdade pura, é a instituição divina para educar adultos e crianças visando quebrar o paradigma da injustiça sob o qual o mundo opera. O apóstolo Paulo adverte aos cristãos de que embora sejam carnais, não devem militar segundo a carne. Segue dizendo que as armas dos cristãos não são carnais, mas, armas poderosas em Deus para destruição das fortalezas; destruindo os conselhos, e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo entendimento à obediência de Cristo. Portanto, os cristãos deveriam estar prontos para vingar toda desobediência, quando for cumprida a obediência cristã (2Cor. 10:3-6). É quase intuitivo que as armas do mundo são a riqueza, o talento que rende prestígio, posição, influência, razão antropogênica, perversão da verdade, força e projetos humanos.

As armas satânicas são defendidas por fortificações. Novamente, Paulo explica:” Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: adultério, prostituição, impureza, lascívia, Idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, Invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus (Gl. 5:19-21).

Na construção do caráter, baseada na contracultura cristã, a integridade é necessária ao êxito. “Importa haver sincero desejo de executar os planos do Construtor-Mestre. As vigas empregadas precisam ser sólidas; nenhuma obra descuidosa, que não seja digna de confiança, pode ser aceita; isso arruinaria o edifício. Lembrai-vos de que estais construindo para a eternidade. Vede que seja seguro o vosso fundamento; construí então firmemente, e com persistente esforço, mas com brandura, mansidão e amor. Assim vossa casa será inabalável, não somente quando as tempestades da tentação vierem, mas quando a assoladora inundação da ira de Deus varrer o mundo” (The Youths Instructor, 19 de fevereiro de 1903).

“Na formação do caráter é da máxima importância que cavemos fundo, removendo todo lixo, e construindo na inabalável, na sólida Rocha que é Cristo Jesus. O maligno está sempre à espreita de uma oportunidade para [...] atrair a mente para o que é proibido. Se ele puder, fixá-la-á nas coisas do mundo. Procurará estimular as emoções, despertar as paixões, firmar as afeições no que não é para vosso bem; pertence-vos, porém, manter toda emoção e paixão sob domínio, em calma sujeição ao entendimento e à consciência. Então Satanás perde o poder de controlar a mente. A obra a que Cristo nos chama é a de vencer progressivamente o mal espiritual em nosso caráter. As tendências naturais devem ser vencidas. ... O apetite e a paixão precisam ser dominados, e a vontade inteiramente posta do lado de Cristo” (The Review and Herald, 14 de junho de 1892).

É importante não perder de vista as fortalezas defendidas pelo inimigo: “Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: adultério, prostituição, impureza, lascívia, Idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias,  Invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus” (Gl 5:19-21).

Ora, se temos que retirar todo lixo do mundo, então, o que devemos colocar no lugar? A resposta está nas palavras de Jesus: “Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas”.(Mt.11:29). O que será necessário entender é o uso do jugo. Um instrumento de madeira utilizado para manter pareados dois animais, um adestrado e outro não adestrado, obrigando-os a caminharem juntos emparelhando todos os movimentos, de sorte que, o animal adestrado ensine aquele que não sabe. Um dos animais é experiente e conhecedor de uma tarefa. O outro é novato e desconhecedor da tarefa que, por causa do convívio, aprenderá a tarefa. Esta maneira de ensinar é evocada por Jesus para mostrar que uma pessoa somente aprenderá a ser cristão se, e somente se, estiver usando o jugo de Cristo. A figura do jugo equivale à comunhão. Estar ao lado de Cristo emparelhado com Ele, nos fará reproduzir seus movimentos, seus pensamentos, sua tarefa. Toda vez que alguém tiver alcançado a comunhão com Cristo pelo efeito produzido pelo jugo, poderá, por sua vez, usar o jugo para orientar outrem.

“Precisamos aprender abnegação, coragem, paciência, fortaleza e amor perdoador.  À medida que Cristo, o modelo, é sempre mantido diante dos olhos do espírito, formar-se-ão novos hábitos, poderosas tendências hereditárias e cultivadas serão subjugadas e vencidas, o amor-próprio será lançado ao pó, os velhos hábitos de pensamento serão sempre resistidos, o amor da supremacia será visto em seu caráter real, desprezível, e será vencido” (Ellen White, Manuscrito 6, 1892).

“Nossa independência natural, nossa confiança em nós mesmos, nossa forte obstinação, transformar-se-ão num espírito infantil, submisso, dócil. ... Reconheceremos a autoridade de Cristo para dirigir-nos, e Seu direito a nossa incondicional obediência” (Ellen White, Carta 186, 1902). Jesus abriu uma escola para educação e preparo de Seus escolhidos, e eles devem estar sempre aprendendo a praticar as lições que Ele lhes dá, a fim de conhecê-Lo plenamente. A equação formada pelo lar e a igreja deveriam ser a escola mais eficaz. O resultado para alguém submetido a esse sistema educacional seria “um espírito dominado, palavras de amor e ternura, uma honra ao Salvador. Os que falam palavras bondosas, palavras amáveis e que promovem paz, serão ricamente recompensados. [...] Temos de deixar que Seu espírito irradie na mansidão e humildade dEle aprendidas” (Ellen White, Carta 257, 1903).

No evangelho de João lemos o seguinte diálogo entre Jesus e um fariseu chamado Nicodemos: “Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer? Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito (João 3:3-6). Facilmente identifica-se que Jesus mostrava a Nicodemos que a educação recebida de acordo com o mundo deve ser apagada e substituída pelo novo nascimento. Deve-se adquirir abnegação, coragem, paciência, fortaleza e amor perdoador. Tais mudanças somente acontecem pelo uso do jugo de Cristo.

Na carta aos Gálatas, o apóstolo Paulo identifica o reino de satanás:” Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: adultério, prostituição, impureza, lascívia, Idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, Invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus” (Gl. 5:19-21). Logo a seguir Paulo identifica o Reino de Deus: “Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra estas coisas não há lei” (Gl. 5:22-23). As virtudes do Reino de Deus advêm do aprender com Cisto, “porque sou manso e humilde de coração”. Com Ele aprenderemos, abnegação, coragem, paciência, fortaleza e amor perdoador. Esses valores empoderam o homem para que o espírito (mente = amor, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão temperança) vença a carne (impulsos tais como adultério, prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonaria).

Até aqui, vimos o método para educar adultos. Porém, qual seria o método para educar crianças?

Se um adulto necessita nascer outra vez para ver o Reino de Deus, uma criança tem a vantagem de ter acabado de nascer. Portanto, os melhores momentos para formação de pessoas são os primeiros seis anos da sua vida. Segundo alguns estudos, essa é a fase em que o cérebro das crianças se desenvolve mais rapidamente e é capaz de absorver uma grande quantidade de informações e habilidades. Nesse período, as crianças aprendem a falar, a ler, a escrever, a contar, a se relacionar com os outros, a expressar suas emoções, a resolver problemas, a criar e a imaginar. Algumas das características que favorecem o aprendizado infantil nessa fase são: a curiosidade, a motivação, a atenção, a memória, a imitação, a repetição, o jogo e a interação social. Esses fatores estimulam as conexões neurais e fortalecem as áreas cerebrais responsáveis pelo pensamento, pela linguagem, pela criatividade e pelo raciocínio lógico-matemático.

Os neurônios, as células que formam o cérebro, têm a capacidade de ligações complexas chamadas de redes neurais. Quando se está aprendendo ou abstraindo um conceito, várias regiões do cérebro interagem, ativando diferentes grupos de neurônios. A força e a frequência das conexões sinápticas entre esses neurônios podem ser modificadas com base na experiência e no aprendizado, um fenômeno chamado plasticidade sináptica. Portanto, é fundamental que as crianças tenham acesso a ambientes ricos em estímulos sensoriais, afetivos e cognitivos, que ofereçam desafios adequados ao seu nível de desenvolvimento e que promovam sua autonomia e sua autoestima. Assim, elas poderão aproveitar ao máximo sua capacidade de aprendizado e se tornarão adultos mais felizes, inteligentes e criativos. Os ambientes mais adequados para que uma criança receba educação, de modo a aprender amor, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança, são o lar e a igreja. Moises instruiu o povo de Israel dizendo: “Ouve, Israel, o SENHOR nosso Deus é o único SENHOR.  Amarás, pois, o SENHOR teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças. E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; E as ensinarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te.  Também as atarás por sinal na tua mão, e te serão por frontais entre os teus olhos. E as escreverás nos umbrais de tua casa, e nas tuas portas” (Dt.6:4-9).

Se é no lar que uma criança aprende os valores corretos, é também no lar que elas aprendem erros. O apóstolo Pedro adverte dizendo: “Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição recebestes dos vossos pais” (1Pe 1:18). A vã maneira de viver é: adultério, prostituição, impureza, lascívia, Idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, Invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas.

 “Mães, estai certas de que disciplinais devidamente vossos filhos durante os seus três primeiros anos de vida. Não lhes permitais formar suas vontades e desejos. A mãe deve ser mente para os filhos. Os três primeiros anos são o tempo para vergar o pequenino rebento. As mães devem compreender a importância desse período. É aí que é posto o fundamento” (Ellen White, Orientação da Criança, 194).

“Permiti que o egoísmo, a cólera e a voluntariedade sigam sua direção nos primeiros três anos da vida de uma criança, e difícil será levá-la a submeter-se à sã disciplina. Sua disposição tornou-se azeda; ela se deleita em seguir sua própria vontade; desagradável é o domínio paterno. Essas más tendências desenvolvem-se à medida que ela cresce, até que, na varonilidade, o supremo egoísmo e a falta de controle sobre si mesmo o coloca à mercê dos males que andam desenfreados em nossa terra” (Ellen White, Temperança, 177).

“A cada mãe são confiadas oportunidades de inestimável valor e interesses infinitamente preciosos. Durante os primeiros três anos de vida do profeta Samuel, sua mãe lhe ensinou cuidadosamente a distinguir entre o bem e o mal. Por meio de todo objeto familiar de que estava rodeado, ela procurou levar-lhe os pensamentos para o Criador. [...] Seu preparo precoce levou-o a escolher manter sua integridade cristã. Que recompensa a de Ana! E que incentivo para a fidelidade o seu exemplo!” (The Review and Herald, 8 de setembro de 1904).

“Se esperastes até vossos filhos terem três anos de idade para lhes começar a ensinar o domínio próprio e a obediência, procurai fazê-lo agora, embora seja muito mais difícil” (Ellen White, Manuscrito 74, 1899).

Agora é o momento de reforçar os conceitos bíblicos importantes. CARNE (Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: adultério, prostituição, impureza, lascívia, Idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, Invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus Gl.5:19-21). ESPÍRITO (Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra estas coisas não há lei (Gl.5:22-23).

Um comentário:

Ezequiel Monteiro disse...

Esclarecedor!